EU VEJO....

EU ESTOU VENDO, MAS NÃO VEJO NADA.

Projeto social: é quando um governo tem como propósito o atendimento da população, dando para aqueles menos favorecidos todas as condições de melhorar a sua atual classe social, que ocupa na sociedade. Trazendo um equilíbrio social dentro dessa sociedade, evitando conflitos provenientes da diferença de classes.

Além da própria sociedade, o próprio governo deve promover essa equiparação, mas não dando ao necessitado o peixe para almoçar, pois na jantar ele terá que vir pedir novamente outra ajuda para jantar. O governo deverá promover e colocar a disposição, dessa população, dispositivos, que permita a ela consiga criar os seus próprios meios de sobrevivência, somente assim estará proporcionando uma revolução social, e estará atendendo a população mais necessitada e ajudando ela a sair da necessidade de viver do assistencialismo governamental.

Mas ai acontece a grande pergunta.

No mundo político, será que as coisas tem jeito?

Qual é a duvida.

A Feira da Madrugada, segundo pregou o Prefeito de São Paulo, é um projeto social. Certo, até a Prefeitura chegar para administrar. Ela acabou dando fim ao maior projeto social do Brasil, estava em pleno desenvolvimento em São Paulo, mais precisamente no Brás, Bairro do Pari.

Como é de conhecimento de todos, os ambulantes, conseguiram um terreno no local que, antes de ser da União, era da Rede Ferroviária e lá montaram a Feira da Madrugada. Durante dez anos conseguiram mudar toda a região e a feira se tornou o maior Polo de Turismo de Compra de São Paulo.

O projeto trouxe um ganho social a todos, os ambulantes passaram a ser micro empreendedor, que ofereciam mais de 100.000 mil empregos a população da cidade. Houve uma mudança social enorme e sem ajuda do poder publico.

Com a chegada do poder publico, no caso o municipal, tudo mudou, houve corrupções de todos os tipos, houve intimidação e até a retirada de boxes, onde antes trabalhava o ambulante e toda a sua família, só um poderia trabalhar, tudo para atender o projeto social estabelecido pelo Prefeito e seus auxiliares, mais de 2.000 pessoas ficaram sem seus boxes.

 Venderam a Feira da Madrugada a um grupo de empresários, que prometeram melhorar a condição de trabalho no local. A Secretária do Trabalho, disse que estaria de olho nos atos praticados na feira, não iam permitir nada que trouxessem prejuízos aos trabalhadores que estavam no local.

Novamente todos foram enganados, agora por dois entes, o Consorcio Ganhador da licitação e a Prefeitura que deveria fiscalizar a nova gestão da feira. O consorcio com a desculpa de que acabou de chegar, nada faz, ganhou à licitação no dia 29/09/2015, nada faz para melhorar o trabalho no local, antes de começar a dita construção do novo Shopping.

Cobra um aluguel do trabalhador e não move uma palha para trazer melhoria  e condições para as vendas do local, deixa novamente largada a feira: os banheiros imundos, o atendimento ao publico primário, não tem capacidade de gestão da feira, precisa de que outras pessoas mandem na feira e façam inúmeros negócios, que não agradam a maioria do povo que trabalham na feira. Enfim, se antes não conseguiam administrar 4.000 boxes, que dirá de agora que todo o dia nasce mais uma loja, aumentando e minando a capacidade do consorcio de administrar com retidão a Feira da Madrugada.

A Prefeitura, nada; está muda; não vê, não enxerga, não houve e nem consegue mais ler. Fiscalizar? Para que? Tudo está sendo bom para eles. Não está para os trabalhadores, que alem da feira estar largada e sem o seu publico, que devido às intervenções e paralisação foram para outros lugares onde tinham mais segurança, é obrigado a conviver com a crise no comercio e no Brasil, sem nada poder fazer, sem ter qualquer ajuda e já se sabe, muitos terão que largar o que construíram durante dez anos de trabalho e procurar o que fazer.

Quem conheceu no passado e vai hoje à feira morre de dó dos trabalhadores, fica decepcionado com a destruição programada que a Prefeitura promoveu naquele lugar e continuam a promover, sem fiscalização, sem respeito, sem medo da lei fiscalizadora. O que está acometendo com a feira? Com a nossa política e com a nossa vida?

O que fazer para que essa política praticada no País, em São Paulo, não saia vencedora, e deixe claro que a decência, a honestidade e a boa administração, tanto publica como a particular sempre deve ser a vencedora.

Será que é possível dar um jeito na nossa situação e voltarmos a ter esperança de viver uma vida social com esperança de melhorar honestamente, através do trabalho?

Grupo – Luta e Trabalho – 29/04/2016

Nota: A LICITAÇÂO DA FEIRA ABRIU CAMINHO PARA A CRIAÇÃO DE IMOBILIÁRIA E CONSTRUTORA DE BOXES dentro da Feira da Madrugada. CONSORCIO, assim pensa - (nada está acontecendo, tudo está normal, eu tenho o controle de tudo.)

 O POVO DA FEIRA SABE QUE TUDO ESTÁ SOBRE O CONTROLE, TEM CERTEZA QUE NADA ESCAPA DO CONHECIMENTO DE QUEM MANDA E DO SEU OLHAR DE CONTROLADOR.